Ocre
Aspeto

Ocre | |
---|---|
Coordenadas de cor | |
Tripleto hexadecimal | #CC7722 |
sRGB (r, g, b) | (204, 119, 34) |
CMYK (c, m, y, k) | (14, 63, 97, 4) |
HSV (h, s, v) | (30°, 83%, 80%) |
Ocre é uma cor, variação do alaranjado. É uma cor muito utilizada em mapas, para representar densidade populacional e mapas demográficos. Ocre também pode ser uma argila colorida.
O ocre na História Humana
[editar | editar código-fonte]Os tempos mais remotos da história da humanidade registam o primeiro uso do ocre associado ao princípio feminino.[1] A Mãe terra ou Deusa Mãe supria os neolíticos com o ocre vermelho que lhes dava poderes de criação.[1] A Bíblia teria mantido esta relação com a mulher e a terra na medida em que Adão (do hebraico אדם relacionado tanto a adamá, solo vermelho ou do barro vermelho, quanto a adom, vermelho, e dam, sangue) foi criado a partir do barro (argila) vermelho. A relação da cor vermelha com o princípio ainda sobrevive no Japão.[1]
- A mais antiga e inequívoca evidência para a cultura humana vem do sítio arquelógico das Cavernas de Blombos ao sul da África, onde foram encontrados dois pedaços de ocre gravados com desenhos abstratos, muitas vezes considerada a primeira arte da história humana ao lado de conchas cravadas para uso como joia e um complexo agregado de instrumentos, tais como ossos primorosamente produzidos. O achado é datado de 75.000 anos atrás. É amplamente difundida a ideia de que a presença de uma cultura assim complexa indica o uso de uma linguagem humana moderna.[2]
- O pigmento de ocre foi usado pelos humanos Cro-Magnon que pintavam as chamadas artes rupestres nas cavernas da Pré-História ao sul da Europa, entre 32.000 e 10.000 anos atrás.[3]
Referências
- ↑ a b c WebExhibits, Pigments through the ages, Red
- ↑ Edgar, Blake. 2008 "Letter from South Africa." Archaeology 61.2, March-April 2008.
- ↑ Cisneiros, D.; Tavares, B.; Costa, H. (2022). «A utilização do ocre na pré-história da Serra da Capivara, Piauí, Brasil». Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas. 17 (3). doi:10.1590/2178-2547-BGOELDI-2021-0046. Consultado em 22 de março de 2025